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terça-feira, março 30, 2010

Está gira a crítica, está...

Se eu já andava “contentinho” e com sorrisos parvos, então depois de ler isto, ainda mais “piada” lhe acho...


@ Auto Hoje de Março (Comparativo entre Citroên C3 DS, Fiat 500 Abarth e Mini Cooper S)

Natalie Imbruglia - Want

Este vídeo está... Vá... Está bastante interessante... =P



"Natalie Imbruglia - Want"

A round of applause
You got what you want
Take a good look at what you give up
Because I'm telling you
A heart can't be unbroken oh, oh, oh, oh

And can you remember how I kiss you
Recall the sweet taste in your mouth
Cos baby the memory is all you get now
And I'm movin, movin, movin on

All that you want
I hope you get all that you want
I hope you get all that you want
Cause I did
I hope you get all that you want
I hope you get all that you want
Cause I did

Does every morning make you happy
And tell me do you laugh yourself to sleep
I hope you find it's easy to forget me oh, oh, oh, oh

I hope you don't feel anything when you see me
I wonder if you're out there having fun
I hope you get all that you really wanted
Cause I'm movin, movin, movin on

Don't you see the light has changed
And nothing looks the same
Just shadows on the ground
And if you listen carefully you'll hear
The sound

All that you want
I hope you get all that you want
I hope you get all that you want
Cause I did
I hope you get all that you want
I hope you get all that you want
Cause I did
I hope you get all that you want
I hope you get all that you want
Cause I did
Cause I didn't
La, la , la, la, la, la, la....

Parece que melhora com a idade!!!

O Inv(f)erno terminou!!!

segunda-feira, março 29, 2010

40ºC às 13h48...

40ºC às 13h48 era o que o termómetro marcava em Luanda. Pode-se dizer que está um bafoooo daqueles... Só queria umas pedrinhas de gelo!!!

domingo, março 28, 2010

Road Trip do mês de Março!!!

Como parece que vem a ser “moda”, para os meus lados, desde o início do ano que todos os meses tenho saído de Portugal, verdade que ainda estamos no terceiro mês do ano, mas algo me diz que esta cadência não vai terminar para já...

Mais uma vez em Angola, para terminar o que tinha começado em Fevereiro e também para “conhecer” as restantes províncias que faltam conhecer.

Logo no dia seguinte a chegar a Luanda, já estava de partida para uma província, para a província do Uíge para ser mais específico.


Uíge - Uíge

Com esta já é a terceira vez que vou ao Uíge, por isso não havia muitas “novidades” por lá. Foi fazer o trabalho e preparar-me para a viagem do dia seguinte...







Zaire – Mbanza Congo

O destino deste dia era Mbanza Congo (nome estranho!!!), a capital da província do Zaire, a província mais “esquecida” de Angola... Entre a cidade do Uíge e de Mbanza Congo são aproximadamente 300Km, ou seja, cerca de 6h de viagem.

A viagem até não começou mal, com alguns quilómetros em alcatrão, que rapidamente passou para alcatrão “rasgado”, isto é, mais buracos que “estrada”!!!



Mas ao fim de uns 70Km o alcatrão já tinha desaparecido por completo e só tinha ficado a terra batida... Que é muito melhor que o alcatrão “rasgado”, ao menos assim dá para ir a uma velocidade constante, em vez do constante, pára, acelera, trava, passa devagar, acelera, trava, pára, acelera...




À medida que íamos nos aproximando do destino, parecia que a estrada ia estreitado, a vegetação estava cada vez mais perto!!! Uhhh!!! =P






Até que as coisas começaram a ficar cada vez mais apertadas!!! E a começar a questionar-nos se camiões passariam por ali?!?! Visto que até ali tinha sido sempre “em frente”, eles não iam desaparecer no éter!!!



Mas sim, passavam por ali, logo a seguir havia uma pequena vila... Quer dizer, se camiões passavam por ali ficamos sem saber, não vimos nenhum naquela vila, mas vimos carros e carrinhas, por isso, se estes lá estavam...

A partir daí, depois de termos chegado ao “fim da estrada”, isto após uma primeira observação desajeitada, e após perguntarmos a locais se o caminho seria mesmo por ali, demos início ao nosso passeio de TT, isto aproximadamente a 100Km do destino...

Diga-se que o caminho tinha somente espaço para o carro, por isso era bom que não viesse ninguém na direcção oposta (e não veio...), e estavam bem decorado com “capim”, também conhecido como ervas, canas, arbustos e vegetação em geral que não seja árvores. Pelo menos foi o que eu percebi!!!



O caminho para além de ser estreito, tinha “o tal” capim por todo o lado, só faltava haver capim por cima do carro.




De vez em quando o caminho lá melhorava, normalmente era sinal de que estávamos a chegar a uma pequena aldeia.



(que bela ponte!!!)

Mas depois havia alturas em que o capim no meio da estrada era maior do que eu, ou seja, se já se via pouco, deixava de se ver simplesmente... Isto para não dizer que a partir de uma certa altura deixaram de haver dois “rodados” de pneus para passar só a existir um... Reconfortante, com se pode imaginar... Mas desistir e voltar para trás, isso... Nunca!!!

Mesmo com estas condições!!!






Passados uns metros à frente, tivemos de desistir e de voltar para trás... Parece que havia um rio com umas margens altas (para ai de 1,5m) e que a ponte estava lá em baixo... Havia apenas um pequeno carril para se passar a pé, mas com jeitinho!!! E digo parece, porque não foi lá ver, visto que achei que calções e havainas era uma boa roupa para usar nesse dia, logo não conseguia andar no meio do mato sem me f#$% todo!!! Parece que desta vez encontramos um oponente à nossa altura!!! =P

E assim, a cerca de 80Km do nosso objectivo final, e depois de meia hora perdida a tentar fazer inversão de marcha com a pick-up voltamos para a cidade do Uíge...

Mas não, sem parar na aldeia seguinte e perguntar se era mesmo por ali o caminho e senão havia outro caminho... Na aldeia só havia mulheres e crianças, e pelo aspecto da “coisa”, não deviam ver “gente” à algum tempo, muito menos “branquelas”!!! O giro era que ninguém falava português... Depois já foram buscar um velhote que até “arranhava” no português. Conclusão, tivemos mesmo de desistir e de voltar para trás...

Começo a achar que não “batemos” lá muito bem da “mona” e que se calhar às vezes arriscamos um bocadinho demais... Visto que quase não deve haver ninguém a ir para aquelas zonas (também, quem é que está interessado a ir para o fom do mundo?!?!), ainda por cima, sem rede nos telemóveis (como seria de esperar...) e sem telefone de satélite...

Gostava de voltar até “casa”... =S



Malanje – Malanje

Depois da viagem anterior, dificilmente encontraremos pior e com esta de Uíge para Malanje já conhecia, no sentido oposto, e era uma viagem calma.




Pelo caminho até deu para ir por um atalho e encurtar cerca de 70Km e desta vez o atalho não nos meteu em trabalho, até deu para fazer uma paragem nas quedas de água de Calandula e apreciar (mais uma vez) aquele espectáculo!!! =) =) =)






E seguir caminho até Malanje, pois já só faltavam 80Km. Desta vez até chegávamos a horas de almoçar, que luxo!!!




Estava tudo a correr tão bem, que até era de estranhar... Pois ao chegar à cidade deparamos logo com um pequeno problema logístico, o hotel no qual estávamos a contar ficar estava lotado, então fomos a outro “mais ou menos” do mesmo género e a resposta foi a mesma... Isto não estava famoso, e começamos a descer o nível e a procurar em hotéis de 2 estrelas, de 1 estrela, em pensões e a resposta era sempre a mesma, não havia vagas. Isto tudo, porque o governo decidiu fazer uma espécie de comício numa sexta-feira em Malanje. Ou seja, vão na sexta-feira e assim ficam lá de fim de semana. A solução era arranjar uma “coisa” mesmo “rasca” com quartos vagos, ou ir para trás mais 130Km ou 600Km para a frente, isso nunca com certezas de nada...

Mais uma vez, com um bocado de sorte à mistura, lá se arranjou uns quartos no Hotel Residencial Gigante, que tinha a particularidade de no interior se chamar Hotel Residencial

Ex-Gigante. Algo entre a rua e a recepção aconteceu e o “coitado” do hotel foi despromovido!!!

Não era bem o tipo de hotel ao qual estou acostumado, mas sempre é melhor um quarto com um colchão torto, uma casa de banho sem água quente e com um “gerikan” cheio de água e um caneco, do que dormir no carro...

(a vista maravilhosa do hotel)
(a porta da suite que custou 100 dólares por uma noite!!!)
(os aposentos "reais")


(lá está o “gerinkan” e o caneco, não estava a mentir!!!)


É dormir e fugir!!! =P



Lunda Sul – Saurimo

A esta viagem podemos a chamar de a “viagem mais longa, e que nunca mais tem fim”, isto porque Saurimo está a cerca de 600Km de Malanje, o que demorou 8h a fazer... =S

Sendo que começou logo muito bem ao sair de Malanje, ao encontrarmos o posto fronteiriço, os dois senhores agentes do controle de migração como estavam inspirados para inventar leis e de as interpretarem com bem entendiam, após ficarem com os nossos passaportes durante 1h, lá nos deixaram seguir após uma “gasosa” de oferta... A “gasosa” está cara por esta altura do ano!!!



(momento National Geographic do dia!!!)

Tirando isso e a quantidade de quilómetros a viagem correu bem, deu para chegar ao destino às 6h da tarde com uma fome de doído, visto que o almoço tinha sido fraquinho... Duas águas de 33cl e uma coca-cola não são os melhores almoços. O problema é que começa a ser uma rotina nestas viagens “mais” longas...






(mas tem uma igreja do Reino de Deus)





Chegando a Saurimo, nada como ir à procura de hotel (que tinha vagas). Eu sempre “sonhei” passar uma noite num contentor só para mim, num sítio onde apanhava um “tracinho” de rede de 5 em 5 minutos, com uma televisão que não funcionava, com água de uma cor duvidosa a sair da torneira e nem sequer me preocupei se havia água quente ou não... Ah!!! Um gajo já está habituado e está!!!






Moxico – Luena

Oito horas para fazer 260Km, entre Saurimo e Luena... É que nem sequer digo mais nada...




Para depois chegar a um hotel que tinha o cenário perfeito para um filme de terror... Que dia de...

Ao menos a cidade até se escapa!!!





Para melhorar um pouco mais as coisas, no dia antes ao regresso a Saurimo, esteve a chover o quase dia todo, e não era “chuvinha”, eram valentes cargas de água. Isto só para melhorar a viagem de regresso...


Lunda Norte – Dundo

Depois de uma paragem em Saurimo, na Lunda Sul, foi dia de viajar até à cidade do Dundo na província da Lunda Norte, mais uma viagem de 300Km. Mas desta vez demorou cerca de 4h30, o que foi muito bom, tendo em conta as últimas “excursões”...

E com esta viagem “fecho” a minha volta a Angola, agora já não me falta nenhuma província!!! Que venha outro país, “been there, done that”!!! =P

Em relação à cidade do Dundo, tendo em conta as últimas cidades onde tenho estado, esta é mesmo a melhorzinha!!! E até é gira!!!





Depois destas viagens todas, a partir de agora é regressar até Luanda (Saurimo – Malanje – Luanda), daqui a três dias estou lá!!!

E na última viagem, de Malanje para Luanda, fomos mandados parar 7 ou 8 vezes pela polícia. E visto que tínhamos a documentação em ordem, toca de inventar umas "novas" leis para "largar gasosa"...

Novas leis do código de estrada Angolano aplicadas a nós: "Não pode andar com o carro sujo na cidade!!!"; "Tens as luzes ligadas"; "O extintor?!?!"; "Porquê que o nome do proprietário do veiculo não está colado no tablier?!?!"; etc...

É que nem vale a pena discutir, senão bem que apanhamos uma valente seca de várias horas à espera de nada...


Depois disto tudo há que salientar que o Benfica eliminou o Marselha, ganhou a Taça da Liga ao Porto por 3 golos a 0 =P e ganhou ao Braga para o Campeonato... Isto está a compor-se!!! (“,)(“,)(“,)


Após estas duas viagens, o total de quilómetros ronda os 7500, o que quer dizer que se estivesse na Europa, ou melhor, em Lisboa, podia ter feito Lisboa - Oslo, voltado e mesmo assim ainda podia ter dado umas voltinhas por lá, pois teria feito menos quilómetros. Ou então, em linha recta, podia ter ido até ao Xinjiang, algures no meio da China (40º42'50.24"N, 85º38'57.89"E).



Coisas a reter:

  • Aprender a beber duma garrafa de água em terreno acidentado, isto dentro de um veículo em movimento
  • Aprender a dormir no banco da frente em terreno acidentado (praticar a parte de não bater tantas vezes com a cabeça no vidro, porque às vezes acordava)
  • Não voltar a viajar sem levar um telefone de satélite =P
  • Aprender a cosar os olhos em terreno acidentado sem espetar os dedos nos mesmos