Este artista, de renome internacional é sem dúvida o senhor dos palcos e dos tops por esse mundo fora. Arrisco-me mesmo a dizer que é o melhor músico do Mundo, quisá da Europa!!! O melhor de tudo é que tal individualidade é nosso compatriota (o orgulho e a satisfação que me dá saber da existência de tal artista).
E perguntam vocês, quem é o maior artista português?!?!
Deviam ter vergonha caso não saibam a resposta. É claro que é o grande, o único, o inigualável e espectácular artista é o grande José Cid (peço desculpa por utilizar tão poucos adjectivos para descrever tamanha pérola do panorama musical). Existe lá alguém capaz de escrever letras de músicas tão belas e melodicas como ele?!?! Músicas como "A cabana", "No dia em que o rei fez anos", "Eu nasci para a música", "Como o macaco gosta de banana", "A lenda de El-Rei D. Sebastião" e "Um grande, grande amor". E estas são só algumas das inúmeras melodias que temos o privilégio de ouvir deste grande compositor.
Este fantástico músico nacional, que se auto-intitula "A Mãe do Rock Português" é alguém muito, como é que eu eide dizer?!?! Muito estranho!!! Como é que é possível alguém conseguir escrever tanta babuzeira em tão pouco papel?!?! E o mais incrível, é como é que consegue vender albúns??? O pior disto é que existe por ai muita gente que os compra... Onde é que anda a auto-estima dessa gente?!?! Será que fizeram assim tanto mal para pagarem um preço tão elevado??? Ou será que são obrigadas a comprar e a ouvir os albúns desta
personagem que nem cabelo próprio tem!!! (boatos, são só boatos!!!)
Coitadas destas pessoas (penso eu), isto porque, eu não estou a ver ninguém de livre vontade a entrar porta adentro na loja de música do bairro e pedir um CD do dito cujo, é que nem com um saco enfiado na cabeça e com um distorsor de voz para não ser reconhecido!!!
Antes de mais, quero dizer aqui, publicamente, e para que fique nas actas, que eu respeito o José Cid!!! A sério. O homem foi um pioneiro no rock em Portugal. Fez, no princípio da carreira, discos que são reconhecidos internacionalmente como grandes obras do rock progressivo - mas assim como o grande Stevie Wonder fez o "I just called to say I love you", José Cid fez "Como o Macaco gosta de banana".
Vamos lá então analisar o que está aqui em causa - e não é preciso centrarmo-nos em muitos outros versos da canção. Só no refrão temos muito que analisar criteriosamente. Analisemos os primeiros versos:
Como o macaco gosta de banana,
Eu gosto de ti
Um frase apenas, e no entanto já algo de estranho se passa aqui. Exactamente, como é que o macaco gosta de banana? O macaco gosta de banana no sentido de gostar de a ingerir, de se alimentar com essa fruta. O macaco não sente amor pela banana. O macaco não quer acasalar com a banana. Os resultados disso, em termos de descendência, deveriam ser desastrosos. teríamos seres estranhos com casca por fora e pêlo por dentro chamados... banacos. Ou... macanas. Arrepiante.
Ora, partindo do princípio de que esta é uma canção de amor, que sentido fará, afinal, dizer "como o macaco gosta de banana, eu gosto de ti"? Isto faria sentido se, na verdade, o intérprete quisesse descascar a mulher amada e comê-la, - mesmo no sentido canibal - começando pela cabeça e indo por aí abaixo. Ou então às rodelas, com queijo. Portanto, a não ser que estejamos a falar de canibalismo, os versos "Como o macaco gosta de banana, eu gosto de ti" parecem-me fazer pouco sentido.
Imediatamente a seguir, surgem os versos:
Escondi um cacho debaixo da cama
E comi, comi
Ora, isto é grave. Portanto, já percebemos, pelo primeiro verso, que o intérprete se refere à mulher amada como sendo a banana e ele o macaco. Certo??? Creio que estamos todos de acordo neste ponto. A partir do momento em que ele diz "escondi um cacho debaixo da cama e comi, comi", o que ele que ele está a dizer? Se uma mulher é uma banana, um cacho são várias mulheres. Várias mulheres que este homem escondeu debaixo da cama e que foi comendo. Ora, uma vez que já tinhamos chegado à conclusão de que esta letra só faz sentido se estivermos a falar de canibalismo, temos que, no fundo, esta canção é sobre um assassinio em série. Que foi raptando mulheres, que as foi mantendo debaixo da cama e que as foi comendo.
Vamos em frente, até aos versos seguintes, que dizem:
Minha macaca gira e bacana,
O teu focinho é que não me engana
Mau. Então afinal, ela é a banana ou é uma macaca??? Assim não vamos a lado nenhum. Mas, vamos supor que esta é mesmo uma canção romântica: é impressão minha, ou chamar "macaca" à mulher de quem se gosta não é propriamente a coisa mais romântica do mundo??? Aqui na música, a coisa até parece que funciona, porque o tom é muito animado. Mas vamos por isto em prática na vida real.
Vamos imaginar, miúdas, que vocês estão com o vosso namorado, ou marido, ou amante, e que ele vos sussurra ao ouvido: "Aah, macaca..." Com fraqueza. onde é que um homem pensar chegar ao usar, numa declaração de amor, a palavra "macaca"??? Pior ainda se, à palavra "macaca", ele juntar, como acontece nesta canção, a palavra "focinho". Isto é coisa que se diga à mulher amada??? "Oh, macaca, que belo focinho." Não é muito romântico.
Vamos em frente. Os versos que se seguem dizem:
Pois se a macaca gosta de banana
Tu gostas de mim
Quer dizer, aqui a coisa entrou no descontrolo total e completo. Portanto, em definitivo, ela passou a ser a macaca e ela a banana. Por outro lado, entramos aqui no reino do deboche, em que a palavra banana, uma vez que surge agora associada a um homem, parece-me que ganha todo um novo e malicioso significado. E isto choca-me. Choca-me por isto: vamos imaginar um concerto de José Cid (façam esse esforço, eu sei que pode ser doloroso e traumático, mas é para acabar com isto!!!). Num momento, temo-lo a cantar, suave e meigo, "amar como Jesus amou, sorrir como Jesus sorriu", no outro, põe-se a falar de macacas que gostam de bananas?
Finalmente, ele termina o refrão cantando o seguinte:
Como o macaco gosta de banana,
Eu gosto de tiiiiiiiiiii
Mau. Assim minguém se entende. Afinal de contas, em que ficamos??? Quem faz de macaco??? Quem faz de banana???
Valerá a pena a trabalheira que dá levar este fetiche para a frente???
Sinceramente, parece-me que não. No que toca a esta visão dos macacos e das bananas, José Cid afigura-se demasiado avançado e intelectual para o meu gosto...
Para terminar em grande este post, fica aqui uma foto com o nosso artista favorito segurando um dos seus discos de ouro!!! E ainda a letra duma das suas músicas, para aquelas noites de loucura no karaoke
Há homens que sabem deixar a sua marca!!!
E eu a aqui a pensar que gostava de ter sido fotógrafo. Há profissões muito ingratas!!! :P
E não se esqueçam de cantar esta música da próxima vez que forem ao karaoke!!!
"Um grande, grande amor"
Letra e música: José Cid (Canção vencedora do festival da canção 1980)
[refrão:]
Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye,
Amore , amour, meine liebe, love of my life.
Se o nosso amor findar,
Só me ouvirás cantar,
Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye,
Amore , amour, meine liebe, love of my life.
Este amor não tem grades, fronteiras, barreiras, muro em Berlim,
É um mar, é um rio,
É uma fonte que nasce dentro de mim.
É o grito do meu universo,
Das estrelas p'ra onde eu regresso,
Onde sempre esta música paira no ar.
[refrão]
Este amor é um pássaro livre,
Voando no céu azul,
Que compôs a mais bela canção deste mundo de Norte a Sul.
E as palavras que eu uso em refrão,
Fazem parte da mesma canção,
Que ecoa nas galáxias da minha ilusão.
[refrão]
[refrão]
Post com algumas partes de Nuno Markl, em "O Homem que mordeu o cão, a revolução "
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