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sexta-feira, março 12, 2010

Road Trip do mês de Fevereiro!!!

Mais uma viagem às custas do trabalho, depois de 1 semana em Madrid, agora tenho “direito” a mais 3 semanas em Angola, e ainda agora “estamos” em Fevereiro!!!

Desta vez o trabalho foi dividido em duas partes, 3 semanas agora em Fevereiro e mais 2 em Março, e no final deste trabalho é oficial, passo a conhecer as 18 províncias que constituem Angola, bem como, ainda ganho cerca de 6000Km de experiência em estradas angolanas!!! E de certeza uma valente dor de costas!!! =P

E vá lá, vou de avião até Cabinda, porque não há caminho directo para lá!!!

Mas começando do início, foi chegar a Luanda no dia 8 de Fevereiro, onde estava um calor considerável. Também comparando com Portugal nesta altura, qualquer coisa assim dos 15ºC é muito bom...

Dos poucos dias que trabalhei em Luanda, desta vez deu para ter quase o sábado inteiro de folga, vá lá só tive de trabalhar um pouco depois do jantar. À tarde deu para aproveitar uma ida até à piscina do hotel, já que está lá, só não usa quem não quer... Ou não pode, porque quando tem algum tempo livre já está escuro como bréu!!!

O problema dessa ida à piscina, foi querer aproveitar ao máximo e visto que provavelmente iria ser o único momento de ócio, um “gajo” abusa... Nada como no inicio de Fevereiro ficar com uma pequena cor avermelhada, principalmente nas pernas. Já alguma vez acordaram por estarem demasiado quentes?!?! Foi mais ou menos o que me aconteceu!!! Adormeci e só acordei porque as minhas pernas estavam ao sol... Vamos lá ver o que é que isto vai dar... Tá-se mesmo a ver, mas pronto!!!

Mas antes, a meio da semana, a minha digressão nacional ( 1ª etapa – que termina no número 7 =P ) já tinha começado. O plano era mais ou menos este, mas houve umas alterações nas ordens e o fim da 1ª etapa passou para primeiro, não fosse haver avião para ir, mas depois não haver de volta!!! E há gente que gosta de voltar!!!


(As rectas às cores não são as estradas, para minha infelicidade =( )

E desta vez a ida a Cabinda foi mesmo ir, jantar, trabalhar, dormir e bazar!!! Não fosse a FLEC confundir-me com um jogador do Togo!!! (Piadinha má...) E de regresso a Luanda, onde deu para aproveitar um pouquinho do fim de semana...

Domingo, ainda com a pernocas vermelhas, dei início à “digressão” de carro, ou melhor dizendo, de jipe!!! Pelo menos era assim que eu pensava, visto que em Luanda andava num Lexus LX 470, cheio de gadjets e altamente confortável, pensava que era aquele em que ia fazer as viagens. Nã!!! Erro meu, no domingo à tarde à porta do hotel estava à minha espera uma pick-up!!! =S Ainda nem tinha começado a viagem e já estava a imaginar-me cheio de dores no corpo.

(My Toyota c’est fantastisque!!!)

Era o que havia, e o melhor era não fazer muito barulho senão ainda era capaz de fazer os 3000Km desta étapa em algo bem pior. E para ajudar o auto-rádio era de cassetes, e só tínhamos 3 cassetes. Um “Best Of” de Phil Collins (muito mal gravado, mas mesmo assim já a sei de côr e das 3 é a minha favorita!!! ) =S


Kwansa Norte – N’dalatando

A umas escassas 3 horas de caminho fica a “cidade” de N’dalatando, capital da província de Kwansa Norte. Cidade essa que é muito pouco desenvolvida, até estava com receio que não tivesse hotéis. Bem que ficava a dormir no carro!!! Mas até não, havia hotel e com muito bom aspecto!!! Até um LCD de 36” tinha no quarto, espectáculo!!! Para quem não tinha muitas expectativas até tinha corrido muito bem, até porque, para a maior parte dos sítios que nunca estive não levava quaisquer referências, a não ser algumas e poucas coisas que se encontra na net, era chegar e perguntar!!! Só era pena é que o hotel fosse de construção chinesa!!! ( Até parece que em vez de andar a trabalhar em telecomunicações, ando a trabalhar em turismo a ver a qualidade dos hotéis!!! Ele à gajos com muita lata... )

As coisas até estavam a correr bem, havia hotel, havia sítio para jantar, só não houve ninguém para abrir a porta do sítio onde se ia trabalhar. É que nem vale a pena comentar... No dia seguinte era ir já para outro sítio, sabe-se lá quando é que iriam abrir a porta e há um plano a seguir. ( Ou seja, no final de tudo já ia ter de voltar aqui. Se calhar já não vão ser somente 3000Km...)






Huambo – Huambo

Dia seguinte, bem cedinho pela manhã, visto que não estava cansado do trabalho da noite anterior, ( Ah!!! Já me lembro porque é que não estava cansado do trabalho!!! É que não houve trabalho!!! ) toca de ir em direcção ao Huambo, capital da província homónima, a.k.a antigamente por Nova Lisboa, que ficava a cerca de 480Km de N’dalatando. E aqui começavam as aventuras, visto que não conhecia as estradas, e normalmente na melhor das hipóteses poderia ser uma “picada”, como quem diz terra batida com muitos saltinhos!!!

Vergonhoso, era asfalto, novo e do bom, de meter muita inveja às nossas estradas nacionais. Em menos de 5h estava na cidade do Huambo.






(Será que lá atrás devia ter virado à direita?!?!)


(Em grande!!!)


Tenho a dizer que gostei bastante da cidade!!! Isto sim, já é uma cidade. Apesar de ainda ter alguns vestígios da guerra, é uma cidade gira e agradável. Pena ficar pouco mais de um dia, mal dá para conhecer. E mais um hotel chinês!!!


(Um “pequenito vestígio” da guerra)

Bié – Kuito

Desta vez houve alguém para abrir a porta e tudo correu bem, por isso de manhã era altura de ir para um novo destino. Para o Kuito, capital do Bié, sítio este onde já tinha estado anteriormente e onde tinha tido uma bela duma “aventura”!!! Da última vez tinha chegado ao aeroporto e não tinha ninguém à espera!!! Desta vez já não cai no mesmo erro, levei carro!!!

O Bié é uma espécie de fim do mundo, pois aquilo não tem nada e é muito pobrezinho... E ainda por cima ia lá ficar 2 dias. ( Não fosse eu ter metido os pés pelas mãos e ter-me esquecido de uma caixa no Huambo, logo no segundo dia tive de lá voltar, e toca de acrescentar mais 150Km para cada lado... Ele à gajos mesmo distraídos!!! )

Cheguei ao Kuito na terça-feira, dia de Carnaval, e provavelmente o dia mais animado dos últimos meses por aquelas bandas. Nesta altura do ano é verão e também é a época das chuvas, e que de que chuvas... Quando ia para começar a trabalhar, começou a cair uma carga de água de mandou a electricidade da cidade abaixo ( mas é normal, pois toda a gente tem geradores ) e até as “telecomunicações” foram abaixo. Não havia chamadas para ninguém!!! Mas que carga de água que caiu!!! Mal terminou, começou “tudo” a voltar à normalidade...

Excepto a electricidade... Depois do trabalho, lá para as 2h fui até ao hotel. Azar o meu e o dos meus colegas, tínhamos ficado no 1ºpiso e o gerador só alimentava o rés-do-chão... A luz só voltou às 9h30... Arghhh!!!

Depois de irmos almoçar ao Huambo, porque aparentemente alguém se tinha esquecido de alguma coisa lá, foi altura de regressar ao Kuito de “apanhar” novamente uma chuvada. Chegando ao hotel, o que é que estava mal?!?! No quarto tinha duas velas e uma caixinha de fósforos...


Não havia novamente electricidade e não mais voltou... Ou seja, eram 4h da tarde, estava no Kuito onde não há nada para fazer, não havia televisão pois não valia electricidade. O meu único entretenimento era dormir ao gastar a bateria de tudo o que tinha... A primeira baixa foi um dos telemóveis... Decidi pegar no MP3 e ficar a olhar para a mancha de humidade que tinha por cima da cama... Acabei por adormecer... Grande erro, é que depois à noite não tinha sono, então foi a bateria do PC a tentar ver um filme, fiquei com o filme a meio, próxima vítima visto que sono não havia foi a PSP que também não durou assim muito tempo...

Que belo dia!!! Foi um autêntico retiro espiritual...


Kuando Kubango - Menongue

Mais uma viagem para um sítio que nunca tinha estado, grande medo era fazer 320Km em estrada má, mas mais uma fez havia alcatrão. Assim não tem piada, um gajo vai fazer um “safari” e só apanha alcatrão!!! Vá lá de vez em quando havia uns buracos...




(Um deja-vu?!?!)

A primeira impressão da cidade não foi muito boa, e sinceramente não melhorou muito... Primeiro problema, arranjar hotel, e as hipóteses não eram animadoras... Ou estavam a ser construídos ao então estavam destruídos...


(Hotel Resdêncial)

Muito medo, e ainda por cima estava planeado ficar duas noites nesta cidade... Perguntávamos na rua se havia outros hotéis, e ou nos indicavam este ou então pensões, lá andamos às voltas na “cidade” até que começamos a ir prós “subúrbios” e encontramos um sítio para passar as duas noites que era um espectáculo!!! =D =D =D

Somos uns sortudos!!!


(Deve ser a única coisa que o “leão” este ano apanha, e é porque já estava morta!!!)


(A minha “casinha”)





Na tive a sorte foi de ter água quente no quarto, portanto no segundo dia mudei de quarto para um ainda mais catita!!! =P





Mais vale desistir, a água fria também não faz mal a ninguém. Se tive de esperar um dia inteiro para mudar de quarto, não valia a pena queixar-me outra vez por não ter água quente... Não se pode ter sempre sorte...

No primeiro dia que chegamos ao Menongue, depois de conseguirmos encontrar sítio para ficar, o segundo problema foi encontrar sítio para comer... Duas horas após andamos à procura desistimos. Nos poucos sítios que encontramos para comer a resposta era sempre a mesma, tínhamos que ter reservado para fazerem almoço... Que restaurantes porreiros... Será que naquelas cozinha não havia mesmo nada, nem um bife?!?! Visto que nos últimos dias a minha dieta tem sido bife com batatas fritas e arroz, mais um dia também não fazia mal... ( Já ando a dar em doido por causa de ter de comer sempre a mesma coisa...)

Acabamos por ir ao “super-mercado” comprar pão para fazer uma sandes!!!

Terceiro problema e provavelmente o mais chato. Da cidade de Menongue partíamos para Ondjiva que fica no Cunéne!!! Pois, mas não há estrada para lá!!! No mapa há, mas na realidade não há. Solução é fazer mais 1500Km, perder dois dias de viagem, e dar uma “granda” volta!!! Lá voltamos nós novamente ao Huambo!!!

Quarto problema, ( LOL ), estamos no final de Fevereiro e já estou um pouco bronzeado e com a pele a sair!!! =P

Quinto problema, e para não variar é claro que a electricidade também faltou, ou melhor dizendo, o gasóleo do gerador chegou ao fim!!! O que vale é foi de dia e que só demorou 2h a encher o deposito do gerador...


Huambo – Huambo (novamente)

Mais do mesmo!!!

O problema dos hotéis chineses, é que não têm isolamento, dá para ouvir tudo o que se passa nos quartos ao redor, às vezes até parece que estão no nosso próprio quarto.

Até são giros, mas são para ser apreciados à distância, porque senão não paras de encontrar “defeitozinhos”...


(Que segurança que esta ponte transmitia!!!)

Huíla – Lubango

Andava eu sempre a queixar-me de apanhar estradas boas, pois parece que me fizeram a vontade e deu para apanhar um troço de 100Km em terra batida em mau estado, no total foi uma viagem de cerca de 500Km que demorou 7h... Qualquer dia fico farto de andar de carro!!!




Chegando ao Lubango, a capital do Huíla e uma das cidades mais interessante de Angola, depois de fazer check-in no hotel do Gasparzinho ( sim, o fantasminha amigável, tem o nome de Casper Lodge e tem com símbolo o raio do fantasma ), começo a dar uma volta pelo hotel e aquilo tinha um aspecto espectacular, por mim já ficava o resto dos meus dias em Angola por ali. Eu até já estava a pensar em ir por uns calções para ir dar uns mergulhos na piscina, ei quando começa a cair uma carga de água de meia noite!!! Fod#$%!!! Como é óbvio já não houve piscina, houve sim, 200m a grande velocidade até ao quarto para não ficar completamente encharcado. Chegado ao meu quarto espectacular, toca de ligar a televisão e... E o raio da chuva deu cabe da ligação satélite, logo não havia televisão... Frustrado, decidi ir dormir.... O que vale é que à hora de jantar já havia sinal!!!

Mas que raio de sorte que ando a ter com estas cenas!!!


Cunene – Ondjiva

Cunene, essa “bela“ província que faz fronteira com a Namíbia e que tem como capital Ondjiva.


(Começou bem a viagem, sem dúvida...)

Foi sem qualquer tipo de dúvida a viagem mais dura e pior que fiz aqui, ainda por cima desta vez deu-me para ir a conduzir. Foram mais umas 7 longas horas para fazer menos de 400Km, sendo que 160Km foram em terra batida com crateras, e/ou areia e/ou lama, a uma fantástica média de, sei lá, 30Km/h!!! Com um extra de meia hora de paragem para apertar a “caixa” da pick-up que depois de tanto salto já estava completamente solta.








O que vale é que depois de tanto buraco e salto, apanhei 100Km de asfalto com rectas de 20Km cada uma. Aquilo é que aquela pick-up andou!!!

Chegado à cidade de Ondjiva, toca de ir até ao hotel pousar as malas. E se o nome do hotel do dia anterior era pouco convencional, o deste é inaceitável!!! “Águia Verde”!!! Como é que é possível juntar a palavra àguia e a palavra verde na mesma frase!!! Um ultraje!!! È que não fico nem mais uma noite!!! =P

Hotel à parte, a “bela” da cidade de Ondjiva é conhecida por... Não ter absolutamente nada!!! É que nem alcatrão tem nas ruas principais, somente na que dá ao aeroporto. O pessoal foge todo para a Namíbia, o que se percebe!!! Se bem que o câmbio de dólares para kwansas aqui é muito agradável!!! =P

Ao menos conseguimos ir ver o maior imbondeiro de África, que também devia ser uma das maiores colmeias de abelhas de África, porque junto da árvore era um zumbido que até metia medo...





(o “formigueiro” era pequenino, o problema é que havia muitos iguais!!! )


Huíla – Lubango (novamente)

Finalmente a regressar à casa de partida. O único senão era ter de voltar a fazer a mesma viagem do dia anterior, mas no sentido oposto...

Ao menos o hotel é bom!!! =) =) =)




Benguela – Benguela

Continuando o regresso até Luanda, desta vez a paragem foi em Benguela, uma possível fotocópia de uma cidade portuguesa à uns valentes anos atrás, tirando as palmeiras =P, e cheia de portugueses a viver lá...








(não ficam em Benguela, mas também não fica assim tão longe Kwansa Sul!!!)





Menos do que 24h em Benguela foi pena, parecia um sítio bom para conhecer melhor...


Kwansa Norte – N’dalatando (novamente)

Era a última paragem antes de chegar a Luanda!!! Depois era fazer a mala e... Apanhar um avião e estar 8h sentado no mesmo sítio até chegar a Lisboa!!! Onde está um frio!!!

Após cerca de 4500Km em estradas do mais diverso tipo de “pavimento”, a ver paísagens diferentes das que estou habituado, a ver cenas e situações com as quais não convivo nem estou preparado para tal, pois a minha realidade não é propriamente aquela, acho que posso dizer que esta viagem vai trazer algumas mudança à minha pessoa...

Vou pensar duas vezes da próxima vez que me queixar da minha vidinha... Mas mesmo assim, foram 4500Km bem “gastos”.

Acho que a primeira coisa que vou fazer quando chegar a Lisboa, vai ser abrir uma torneira e beber água “potável” até me sentir satisfeito...


Em Março há mais uma viagem semelhante!!!


quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Internet no "3º Mundo"

Aqui está uma coisa que não consegue coexistir, Internet e "3º Mundo", após 20m de espera consegui escrever este fantástico post. Como é óbvio, não vou conseguir fazer upload do que queria.
Quando chegar a "casa" faço o que tinha para fazer...

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Misa Digital Guitar Demo

Guitarra espectacular!!! Aqui está uma invenção altamente, assim deixa de haver dedos com pensos por causa dos cortes das cordas. Isto imagino eu que seja uma situação habitual, porque eu, infelizmente, nem uma caixinha chinesa sei tocar... =(


Piada Nerd :S

Se a Grande Muralha da China pegasse fogo, iria ser a maior "Firewall" do mundo.

The Prodigy @ Pavilhão Atlântico

Estava a apanhar o gosto de estar algum tempo fora e de mal chegasse ir a um concerto, desta vez, e como último concerto do ano de 2009, fui ver os Prodigy ao Pavilhão Atlântico. Já perdi a conta de quantos concertos deles é que já vi, são 4 ou 5 que já tenho na "conta pessoal" e cada um melhor que o outro.

"The World Is On Fire" deu início a mais um concerto de Prodigy em Portugal, entraram a "matar". Sempre uns "animais de palco"!!!


Alinhamento certeiro, energia inesgotável e uma vontade de pegar fogo a Lisboa. Foi assim o concerto dos Prodigy esta noite.
Liam Howlett, Keith Flint e Maxim fizeram a festa e, como é seu apanágio, ofereceram-se de corpo e alma a um público de braços no ar, totalmente rendido.


Quando os também britânicos Enter Shikari subiram ao palco para um enérgico concerto de abertura, a sala estava pouco mais de meio cheia. Filosofávamos já sobre o facto de ser compreensível, dada a impressionante quantidade de concertos que a recta final de 2009 ofereceu aos lisboetas, quando uma hora mais tarde voltávamos a olhar para uma plateia bastante bem composta.

Com o segundo álbum Common Dreads ainda fresquinho, os Enter Shikari, quarteto "happy hardcore" também vindo de terras de Sua Majestade, foram recebidos com uma histeria inesperada e atacaram de frente um público que lhes era estranho com força nas guitarras, bem condimentadas com electrónicas. Os recentes "Hectic", "No Sleep Tonight", "The Jester" ou "Juggernauts", primeiro single de Common Dreads conviveram lado a lado com "Sorry You're Not a Winner", um dos hinos do debute Take to the Skies , que teve honras de encerramento de um concerto que fez as delícias das pré-adolescentes que se sentavam à nossa frente.

Depois de se fazerem esperar, quais noivas antes de subir ao altar, os Prodigy entraram como verdadeiros furacões em palco e, mostrando que não brincam em serviço, presentearam um público sempre caloroso com um alinhamento cinco estrelas. Em formato best of - reunindo o melhor da carreira e o que de melhor tem para oferecer Invaders Must Die , o álbum que este ano os recolocou no mapa - a banda atiçou o fogo, puxando por uma plateia que já estava pronta para lhes dar tudo o que tinha.

Depois da introdução com "World's on Fire", que colocou toda a gente a saltar, Maxim e Flint atiraram-se de cabeça para "Breathe". Se os Prodigy fossem uma banda normal, diríamos "A queimar trunfos tão cedo?". A verdade é que, com "Poison" e "Firestarter" a chegar pouco depois, a banda prova que a sua lógica não é uma lógica rock, mas que nem por isso deixa de ser extremamente eficaz.

Entre os acessos primitivos de Keith Flint e os gritos animalescos de Maxim, perfeito anfitrião (numa linha semi-sádica) das actuações infecciosas, a banda foi-se passeando pelos singles de Invaders Must Die , com "Omen" a causar tanta ou mais euforia quanto os êxitos do passado e "Warrior's Dance" a transformar o Pavilhão Atlântico numa verdadeira rave.

"Run With the Wolves", um dos temas mais fortes do último álbum, prova também (com a sua bateria infernal, cortesia de Dave Grohl) ser um dos que melhor resulta ao vivo. Do passado, "Voodoo People" ajuda a recordar o excelente Music for the Jilted Generation e é com dois temas do não menos brilhante The Fat of the Land que termina o corpo principal do concerto: "Diesel Power" e o já muito aguardado "Smack My Bitch Up" deixam o público a chorar por mais.

"Querem mais? Eu disse: querem mais?" grita, autoritário, Maxim. A resposta é ensurdecedoramente positiva e a banda serve "Take Me to the Hospital", o momento que faltava ouvir de Invaders Must Die . O encore completa-se depois com o gingão "Out of Space" e a surpresa agradável de "No Good (Start the Dance)", música que apresentou os Prodigy a muito boa gente no Verão de 1994.

Bela segunda vida, esta que os Prodigy conseguiram construir depois de anos de pouca inspiração, sabiamente ignorados nas actuações ao vivo (não que nos importássemos de ouvir o mal-amado "Baby's Got a Temper" ou mesmo "Spitfire"). "Their Law" colocou um ponto final ao concerto com uma mensagem: eles fazem o que querem e merecem todo o respeito por isso.

Alinhamento
World's On Fire
Breathe
Omen
Poison
Warrior's Dance
Firestarter
Run With the Wolves
Voodoo People
Invaders Must Die
Diesel Power
Smack My Bitch Up

Encore:
Take Me to the Hospital
Out of Space
No Good
Their Law

Texto de: Mário Rui Vieira
Fotos de: Rita Carmo/Espanta Espíritos


Road Trip - parte 8

Depois de uma semana inteira em Lisboa e de um concerto espectacular era altura de voltar para Angola, como mês e meio é pouco, toca de voltar mais uma semaninha para lá, para conhecer mais uma província!!! Assim, uma semaninha sempre deu para vir apanhar frio e para por roupa a lavar!!! =P
Desta vez a road-trip foi by air. Foi chegar a Luanda num dia, no dia seguinte ir para Cabinda, fazer o que tinha a fazer, avião para Luanda novamente e no dia seguinte Lisboa!!!
Cabinda é uma das províncias mais desenvolvidas de Angola, muito por culpa do petróleo que tem ao largo da costa. Ao longo da costa é possível ver algumas plataformas de petróleo.
Cabinda é uma cidade calma, pacífica (pelo menos quando lá estive era, antes do CAN2010 não se ouvia falar de problemas), organizada e limpa. E cheia de estrangeiro devido às plataformas...


Uma curiosidade sobre Cabinda, é que não tem conexão por terra com o resto país devido a trocas de território em 1885 por causa da Conferência de Berlim. Está tudo explicado nesta página da Wikipédia.

Depeche Mode @ Pavilhão Atlântico

Depois de ter estado mês e meio em Angola em "road-trips" voltei à "casa de partida" já com o concerto de Depeche Mode fisgado!!! E com o bilhete na mão, não fosse esgotar... Já tinha tentado vê-los ao vivo umas vezes, mas estava difícil, havia sempre fenómenos estranhos a meterem-se no meio do caminho. Mas desta foi de vez!!!
Apesar de já ter sido à algum tempo, aqui ficam algumas fotos e vídeos de um concerto espectacular, mas que soube a pouco, não fazia mal nenhum mais uma meia hora de concerto!!! =P
Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

Os Depeche Mode que hoje subiram ao palco estão diferentes e isso notou-se, à saída, nos comentários de alguns fãs que viram também a actuação de 2006. Dave Gahan continua a ser um anfitrião ímpar, Martin L. Gore e Andrew Fletcher continuam a dar o litro, mas a voz do líder começa a denotar algum cansaço. Não foram poucas as vezes que o cantor deixou a multidão cantar os refrões dos hinos maiores da banda e em "Wrong", o primeiro single do álbum que serve de pretexto à actual digressão, além de ter entrado fora de tempo, algo mais pareceu estar "errado".

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

O público, no entanto, não se preocupou minimamente e rendeu-se sem reservas à arte dos britânicos. Apesar de o álbum editado este ano, Sounds of the Universe dar o nome à digressão, a banda retirou dele apenas quatro temas, com três deles logo a abrir: a dança sedutora de "In Chains" alimentou a euforia do início de espectáculo com os seus ritmos penetrantes, "Wrong" mostrou a força da alma gótica da banda em imagens ultra-saturadas projectadas no ecrã gigante (e tirou proveito de ser êxito recente para deixar o público a rebentar em aplausos) e "Hole To Feed" hipnotizou em dança sedutora. "Miles Away/The Truth Is" chegaria um pouco mais para a frente, confirmando o que já se sabia: é provavelmente um dos momentos menos inspirados das canções mais recentes da banda.

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

O regresso ao passado começou com o maravilhoso "Walking in My Shoes" atentamente observado por um olho de corvo projectado no globo/planeta gigante suspenso por cima do palco. "Question of Time", o tema que se seguiu, provou mais uma vez que a grande força dos Depeche Mode prende-se com a quantidade impressionante de canções que envelheceu com a mesma magia e fôlego que tinham quando primeiramente se deram a conhecer. Gahan deu então início ao exorcismo dos seus fantasmas das melhores formas que sabe: com o corpo, a dançar, e com a voz, a cantar.

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

"Precious" marcou a única abordagem ao soberbo Playing the Angel, registo de 2005, e a reacção do público não poderia ter sido melhor, contagiando depois "World in My Eyes" e os seus ritmos exóticos. O grande exercício synth pop que é "Fly on the Windscreen", de Black Celebration deu o mote para o primeiro período introspectivo da noite, brilhantemente servido por Martin L. Gore: o encantatório "Sister of Night" e a balada delicodoce "Home" deixaram o público em êxtase.

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

"Policy of Truth" marcou o regresso de Gahan ao palco e o grosso da plateia, visivelmente sub-30, manteve-se em alta (cantando a plenos pulmões) com "It's No Good". Os arranjos quase irreconhecíveis de "In Your Room" levaram muita da audiência nas bancadas a sentar-se, apenas para se levantar logo de seguida para celebrar o hino "I Feel You".

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

A loucura de "Enjoy the Silence", novo coro cantado a plenos pulmões, deixou antever o final do corpo principal do alinhamento em versão dançável, com Gahan a servir de maestro na passadeira que o leva para bem junto do público, mas ainda houve tempo para deixar água na boca com "Never Let Me Down Again" - com direito a ginástica braçal e um agradecimento que soou a "até já".

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

O encore teve início com o momento de introspecção "One Caress" - Martin L. Gore mais uma vez brilhante - e a sequência que colocou o ponto final no espectáculo fez-se sempre em registo ascendente. "Stripped" foi momento solene, "Behind the Wheel" envolveu a sala com os seus ritmos misteriosos e, a terminar em grande, o inevitável "Personal Jesus" levou à histeria generalizada.

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

Iguais a si próprios, mas com a idade de Dave Gahan a começar a pesar-lhe na voz, os Depeche Mode conquistaram mais uma vez o Pavilhão Atlântico e redimiram-nos do concerto cancelado na versão portuense do Super Bock Super Rock. Só não terão mesmo ficado reconciliados com a banda aqueles que não puderam vir do Porto para assistir. Haverá, com certeza, mais ocasiões.

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico [texto + fotos] -

Texto de Mário Rui Vieira
Fotos de: Rita Carmo/Espanta Espíritos


Demorei tempo a ver um concerto deles, mas valeu muito a pena!!! Os vídeos que acompanhavam as músicas estavam de mais...

E graças ao youtube pode-se ver o concerto na integra e com o alinhamento certo!!! Tal como se estivesses lá!!! Bem, esta última parte não é bem verdade. Na realidade não tem nada a ver... Mas pronto fica a intenção...

Alinhamento
In Chains


Wrong


Hole to Feed


Walking In My Shoes

(Uma das minhas favoritas da noite!!!)

Question of Time


Precious


World In My Eyes


Fly on the Windscreen


Sister of Night


Home

(Momento alto da noite!!! Nem acreditava que estavam a tocar esta música =D )

Miles Away/The Truth Is


Policy of Truth


It's No Good


In Your Room


I Feel You


Enjoy the Silence

(Um clássico...)

Never Let Me Down Again


Encore
One Caress


Stripped


Behind the Wheel e Personal Jesus


Personal Jesus

(Para terminar em grande... Mas mesmo em grande!!!)

Para ver a playlist completa clica aqui =P
Este blogue tem estado inactivo devido à falta de tempo e desleixo do próprio!!! Como não tenho passado muitas horas em aeroportos à espera, não tenho tido muito tempo para actualizar isto. É a única "coisa" boa de estar 7 horas num aeroporto miniatura de um país do 3º mundo. É que se tem tempo para actualizar o blogue e escrever parvoíces, mas não em "tempo real", ou seja, não pode ser logo no blogger, pois como é óbvio não à net nesses aeroportos, senão também não era um aeroporto de 3º mundo!!! =P
Vou tentar fazer um resumo rápido destes últimos 3 meses e meio, assim sempre me entretenho hoje antes que morra de tédio.

Há que aprender bem como se faz, e tirar apontamentos sempre que necessário!!!