domingo, junho 29, 2008
Donna Maria @ Casino do Estoril
Os Donna Maria são um trio composto por Marisa Pinto (voz), Miguel Ângelo Majer (samples, bateria e voz) e Ricardo Santos (piano acústico, sintetizadores e voz). Com dois álbuns editados, "Tudo é para sempre" e "Música para ser humano", misturam música tradicional portuguesa com música electrónica do qual resulta uma óptima banda sonora para ouvir e apreciar...
Dona de uma voz espectacular, Marisa Pinto e restante trio, acompanhados por vários convidados deram um concerto bastante interessante, cheio de vivacidade e de vontade, parecia mesmo que não queriam sair de cima do palco!!! O que resultou num concerto que gostei imenso, até porque não os conhecia ao vivo e com alguns momentos de improviso entre eles... (",)
"Donna Maria - Há amores assim"
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
"Donna Maria - Há amores assim"
Rico Loop @ MusicBox
Apesar do "one man show" não ser um formato de actuação novo, o que distingue e valoriza a proposta de Loop é a riqueza e sofisticação do seu background musical.
No seu reportório de originais, Rico deambula entre o pop, o reggae, o afro, a dance music e o jazz. Além disso, nas suas performances, Loop dispara energia convidando o público a fazer parte do espectáculo."
Experiência proporcionada com o "alto" patrocínio da Drª Marta Castro!!! =P
Descubram o que é!!!
Site: Rico Loop Web Page
MySpace: Rico Loop MySpace
RIR 2008 - 6 de Junho
Desta vez, como o dia tinha sido de férias "forçadas", aproveitei para ir mais cedo, tipo, a horas decentes!!! Até deu para andar a fazer "qualquer coisa" na rampa de neve...
Não sei o que é que se passava, mas este último dia estava cheio de putos, será que tinha sido o último dia de aulas e que tinham todos feito uma visita de estudo até lá?!?! Tinha de andar sempre cheio de cuidado para ver se não pisava nenhum!!! =P
Este último dia tinha num palco mundo os Orichas, os Kaiser Chiefs, os Muse, os Offspring e o Linkin Park. Para mim bastavam dois e eu já esta feliz!!! Nesse dia, só mesmo se me tirassem o chão debaixo dos pés é que eu saia da frente do palco!!! Depois de ouvir Orichas, calmamente sentado no monte onde tinha visto Metallica no dia anterior, era altura de começar a desbravar caminho até perto do palco. De Kaiser Chiefs, tirando o que passa nas rádios, pouco ou nada conhecia. Mas foi um concerto bacano!!! :)
Estava na altura de "pegar no povo" e tentar ganhar mais uns metros para ver Muse, mas parece que eu não era o único a querer ver Muse e a tentar ir lá para a frente. Parecia que toda a gente que estava ali teve a mesma ideia... O resultado foi termos visto o concerto em vários sítio diferentes, mas sempre lá à frente, isto porque porque era completamente impossível estar no mesmo sítio mais do que 3 segundos!!! O pessoal estava doido!!! E cheio de energia... =) Que "curte" que foi este concerto!!! (e para mim, acho que foi o melhor da noite!!!)
Depois de tanto empurrão e de tanta cacetada, num concerto que à partida até ia ser calminho. Afinal de contas era Muse, não era Machine Head!!! Estava até com "medo" do que iria ser Offspring, principalmente porque havia "coisas de metro e meio ali"!!! E diga-se que eles entraram logo a matar com músicas do Smash, eles estavam mesmo com o espírito!!! Era para partir. Depois eram mosh pits à frente, depois dos lados, depois atrás e no final já estávamos era no meio daquilo tudo!!! =) Houve momentos que até parecia um concerto punk!!! (hehehehe!!!) Concerto muito bom!!! Ainda tentei fazer um telefonema para Londres para "gozar" com uma pessoa, mas esta não quis nada comigo!!! =P Só tive pena de ser pequenino o concerto, apesar que eu sou altamente suspeito, pois eles podiam estar ali 4h seguida a tocar e eu ia sempre achar pequenino... =) =)
"The Offspring - Have you ever/Staring at the sun @ RIR 2008"
Depois de mais um "enxerto de porrada gratuita", estava na hora dos meninos que iam fechar o festival. Ou seja, estava na altura de levar ainda mais!!! Pelo menos era o que eu pensava, mas enganei-me redondamente!!! Pelos vistos Muse e Offspring esgotaram aquela gente toda, porque em Linkin Park já mal havia forças para saltar e levantar os braços...
Os Linkin Park também estiveram bem e fecharam o festival em grande. São daquelas bandas que interagem bastam com o público e que têm um espectáculo muito bom!!!
"Linkin Park - Crawling/In the End @ RIR 2008"
Assim, sim!!! Assim é um dia de concertos em condições, para mim!!!
(",)
RIR 2008 - 5 de Junho
Depois de uma semana de loucos e de mais um dia "anormal" de trabalho (dizem por ai que uma semana laboral tem 40h, mas em pouco mais de dois dias nessa semana essas 40h foram ao "ar"!!!), lá me dirigi eu até ao parque da Bela Vista para ir ter com alguns amigos meus e ver Metallica, mais uma vez, porque essa era a única razão de eu estar lá nesse dia. E custou dar 52€ só para ver uma banda!!! Isto de fazerem festivais que apanham dias de semana não está com nada!!! Eu "gajo" sai tarde e cansado do trabalho e depois ainda tem de queimar um dia de férias por causa do dia seguinte, porque não há ninguém, nem grua nenhuma que o tire da cama no dia seguinte...
Como ainda deu para chegar a horas decentes, por volta das 19h30, porque não dar uma volta pelo recinto e ver que "parvoíces" é que andavam a distribuir desta vez!!! Ainda acabei por trazer a m... de uma boia em forma de pato para casa!!! Quase um mês depois ainda está cheia em cima do roupeiro à espera de ser esfaqueada!!!
No palco mundo para além dos Metallica, tocavam também os Machine Head, Apocalyptica e Moonspell. Ainda deu para ver e ouvir um pouco de Apocalyptica que estavam a começar, mais ou menos, quando cheguei. E estava a ser bem bacano!!! Depois de Apocalyptica ainda deu para dar um salto ao palco sunset e ver o último concerto do dia com o Tim e Jorge Palma.
Após algumas voltas pelo recinto de uns tantos "choques" com pessoal que lá não via à algum tempo (eu sei que isto vai soar mal, mas sempre que ia ao WC saia de lá com um "amigo" que já não via à uns tempos!!!), estava aproximar-se a hora de Metallica, ou seja estava na hora de voltar para junto do resto do povo. Povo esse que já não estava onde "eu os tinha deixado". Sortudos!!! Já estavam bem perto do palco, enquanto eu tinha arranjado um "muito bom" lugar na última fila!!! :@ (quando se vai para ver concertos, naaaaão se anda a pavonear pelo resto do recinto!!! senão... habilitas-te a não ver nada de jeito do concerto... nem parece coisa minha!!!)
Lá começou o concerto, e como estava cheio o parque da Bela Vista!!! Com milhares de pessoas a cantar, a saltar e a curtir o concerto. E sim, eu era mais uma delas... Apesar do concerto estar a ser muito, mas mesmo muito bom, estava-me a faltar ali alguma coisa... Estava na "última fila" do monte, com o meu irmão que era a pessoa "conhecida" que tinha mais perto a uns 3m, e não estava a conseguir aproveitar o concerto em condições!!! Falta estar lá no meio!!! Com o resto do povo...
Foi um concerto bem bom, muito bom, do qual eu não curti quase nada... =(
Ficam aqui alguns vídeos de algumas músicas que eu nem sequer vi... =( =(
"Metallica - Nothing else matters @ RIR 2008"
"Metallica - One @ RIR 2008"
quarta-feira, maio 28, 2008
terça-feira, maio 13, 2008
Opinião Ricardo Araújo Pereira sobre o(a) IKEA
não vá para lá sem duas ou três mulas. Eu alombei com a meia tonelada. O que poupei nos móveis, gastei no ortopedista. Neste momento, tenho doze estantes e três hérnias.
É claro que há aspectos positivos: as tábuas já vêm cortadas, o que é melhor do que nada. O IKEA não obriga os clientes a irem para a floresta cortar as árvores, embora por vezes se sinta que não faltará muito para que isso aconteça. Num futuro próximo, é possível que, ao comprar um móvel, o cliente receba um machado, um serrote e um mapa de determinado bosque na Suécia onde o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa-de-cabeceira engraçada.
Por outro lado, há problemas de solução difícil. Os móveis que comprei chegaram a casa em duas vezes. A equipa que trouxe a primeira parte já não estava lá para montar a segunda, e a equipa que trouxe a segunda recusou-se a mexer no trabalho que tinha sido iniciado pela primeira. Resultado: o cliente pagou dois transportes e duas montagens e ficou com um móvel incompleto. Se fosse um cliente qualquer, eu não me importaria. Mas como sou eu, aborrece-me um bocadinho. Numa loja que vende tudo às peças (que, por acaso, até encaixam bem umas nas outras) acaba por ser irónico que o serviço de transporte não encaixe bem no serviço de montagem.
Idiossincrasias do comércio moderno.
Que fazer, então? Cada cliente terá o seu modo de reagir. O meu é este:
para a próxima, pago com um cheque todo cortado aos bocadinhos e junto um rolo de fita gomada e um livro de instruções. Entrego metade dos confetti num dia e a outra metade no outro.
E os suecos que montem tudo, se quiserem receber.
terça-feira, maio 06, 2008
The Offspring - The Worst Hangover Ever
"The Offspring - The Worst Hangover Ever"
Ballroom scene, but the fire underneath,
Gonna eat you all alive,
Gonna bring you to your knees.
Went out drinking late last night, I had a blast,
But now the morning light has come and kicked my ass!
(WOAH OHHH OHHH)
I've got the worst hangover ever!
I'm crawling to the bathroom again
It hurts so bad that I'm never gonna drink again
And by my seventh shot I was invincible
I would've never thought I'd be this miserable
(WOAH OHHH OHHH)
I've got the worst hangover ever!
I'm rollin' back and forth on the bed
I'm worked so bad that I'm never gonna drink again
Won't someone just kill me
Put me out of my misery!
I'm makin' deals with God
I'll do anything!
Make it stop please
Make it stop please!
Make it stop please
Make it stop please!
(WOAH OHHH OHHH)
I've got the worst hangover ever!
I'm crawlin' to the bathroom again,
It hurts so bad that I'm never gonna drink again.
I'll probably never drink again.
I may not ever drink again.
At least not 'til next weekend
I'm never gonna drink again!
segunda-feira, maio 05, 2008
Gavin Rossdale - Wanderlust
O single de apresentação é "Love Remains The Same". Entretanto, já está on-line e aqui( =P ) um vídeo de apresentação do álbum Wanderlust.
A produção do primeiro álbum do antigo vocalista dos Bush e dos Institute(2005) ficou a cargo de Bob Rock(Metallica e Aerosmith).
"WanderLust Album Preview Trailer"
"Gavin Rossdale - Love Remains The Same"
"Gavin Rossdale - Love Remains The Same"
A thousand times i've seen you standing
Gravity like a lunar landing
Make me want to run till i find you
Shut the world away from here, drift to you, you're all i hear
Everything we know fades to black
Half the time the world is ending, truth is i am done pretending
I never thought that i had any more to give
Pushing me so far here i am without you
Drink to all that we have lost, mistakes that we have made
Everything will change, love remains the samefind a place where we escape
Take you with me for a space
A city bus that sounds just like a fridge
Walk the streets through seven bars
I had to find just out where you are
The faces seen to blur they're all the same
Half the time the world is ending, truth is i am done pretending
I never thought that i had any more to give
You're pushing me so far here i am without you
Drink to all that we have lost, mistakes that we have made
Everything will change, love remains the same
So much more to say, so much to be done
Don't you trick me out, we shall overcome
Cause our love stays ablaze
We should have had the sun
Could have been inside
Instead we're over here
Half the time the world is ending, truth is i am done pretending
Too much time to love defending, you and i are done pretending
I never thought that i had any more to give
You're pushing me so far here i am without you
Drink to all that we have lost, mistakes that we have made
Everything will change, everything will change
Oh, i.........
This could last forever
Oh, i........
We could last forever
Love remains the same
Love remains the same
MySpace: Gavin Rossdale
sexta-feira, maio 02, 2008
Oldboy - O velho amigo
«Oldboy» é um filme com um certo número de surpresas narrativas, sendo recomendável evitar a leitura de textos pormenorizados antes do primeiro visionamento. Como é natural e habitual, procura-se, neste texto, evitar a descrição de especificidades do guião que devam ser descobertas no momento adequado pelo espectador.
O último filme de Park Chan-uk, e o segundo de uma Trilogia da Vingança iniciada com o magistral «Bokseuneun Naeui Geot» [«Sympathy for Mr. Vengeance»] (2002), chegou a Cannes sem que se registassem grandes expectativas nos relatórios de imprensa que antecipavam o festival. Nem os Cahiers do Cinema pareciam ter ouvido falar do realizador ou dos seus títulos anteriores, como o referido anteriormente ou «Joint Security Area», já projectado em Portugal, na Cinemateca Portuguesa. É natural que se esperasse mais de nomes mais conhecidos nos meandros da "arte e ensaio", como Wong Kar-wai ou Pedro Almodóvar, mas listar especificamente as "promessas asiáticas" que faziam parte da competição, referindo quase todos os títulos presentes menos «Oldboy», é sintomático da fraca expressividade do cinema sul-coreano no Ocidente ou a sua importância mitigada — até agora, diríamos — no contexto temático de um dos festivais de cinema "mais importantes da Europa", como diria, com muita contenção e receio de exagerar, um pivot de uma estação televisiva nacional.
Oh Dae-su é fechado, durante 15 anos, numa cela privada. |
O momento sushi. |
Este não é um tipo de filme que gere consensos, devido à crueza e ao desejo por parte do realizador de não aligeirar as violentas consequências das acções nascidas de um desejo cego de vingança. Algumas pessoas ficaram impressionadas (ou até chocadas) com a violência representada e a multiplicação de comentários ilustrando esse sentimento pode contribuir para preparar os espectadores para desmembramentos constantes e sangue a salpicar nas paredes de cinco em cinco minutos. Mas «Oldboy» é menos violento do que o filme anterior de Park Chan-uk, onde existem cenas prolongadas de tortura, mutilações gráficas e sangue a jorrar a boa distância. Aqui, bom, a tortura é mais breve, a mutilação menos gráfica e o sangue não esguicha a mais de meio metro.
Alguma violência em «Oldboy» é mais sugerida que representada. Se atentarmos num exemplo em que Roger Ebert pega, uma cena que envolve a extracção não voluntária de parte da dentição em bom estado de uma personagem, vemos apenas o início do acto e a sua consequência (poder-se-ia comparar com a célebre cena da orelha em «Reservoir Dogs» que muitas pessoas jurariam ser detalhadamente gráfica, apesar de, na realidade, a câmara se afastar). O facto de muitos se afirmarem incomodados com o "excesso" de violência em «Oldboy» servirá sobretudo para aferir do impacto emocional do filme, ainda que o registo de Park seja, formalmente, frio e distanciado. Ebert, uma referência da crítica norte-americana, também é conhecido pelos seus momentos de particular sensibilidade. O exemplo máximo é o episódio em que trucidou «Veludo Azul», de David Lynch, devido ao "abuso" contra Isabella Rosselini, "obrigada" a rodar nua uma cena emotiva.
Choi Min-sik (Dae-su). |
Kang Hye-jeong (Mi-do). |
Estamos perante uma obra de género, um thriller negro, mas também um ensaio sobre a vingança, seus limites e consequências. Seria pouco interessante desenvolver um filme de duas horas apenas para dizer que a vingança não leva a lado nenhum, que violência gera violência, etc. Park Chan-uk usa a temática como enquadramento narrativo, criando um filme para o grande público (na Ásia, pelo menos), com um argumento bem escrito, que se desenvolve e revela nas doses certas. O elenco é virtualmente o ideal. Choi Min-sik e Kang Hye-jeong estão muito bem, tal como a generalidade dos secundários. Yu Ji-tae, por outro lado, já não me pareceu tão insubstituível.
Choi Min-sik, que já foi visto num filme estreado em Portugal, «Embriagado de Mulheres e Pintura/Chwihwaseon» (2002), encarna na perfeição uma personagem que não tem nada a perder e que consegue transmitir uma impressionante força e destreza física, fazendo-nos aceitar os excessos de alguns confrontos. Choi é um actor com uma amplitude notável, como se poderá constatar, por exemplo, confrontando o Dae-su de «Oldboy», com o gangster falhado de «Failan» (2001). Kang Hye-jeong apareceu anteriormente na produção de baixo orçamento, rodada em DV, «Nabi» [«Butterfly»], uma pequena curiosidade de ficção científica melancólica e filosófica, projectada no Fantasporto de 2002 [vd. texto], e tem aqui um trampolim para uma carreira prometedora.
Dae-su não sai de casa sem o martelo de estimação. |
Não há moral nos filmes de Park — os julgamentos ficam a cargo do espectador. «JSA», outro filme onde se parte numa investigação ao passado e onde o flashback tem uma relevância narrativa superior, já reflectia esta imparcialidade do cineasta. É com «Sympathy for Mr. Vengeance» que «Oldboy» tem maiores semelhanças formais e narrativas. Park constrói um mundo negro, imerso nas trevas, que se vai revelando, à medida que os “heróis” vão ser obrigados a enfrentar esse meio. Em ambos os filmes existem criminosos organizados que fornecem serviços socialmente repulsivos a quem estiver disposto a pagar por eles: órgãos humanos no primeiro filme, encarceração privada no segundo. A moral não precisa de ser pregada: os resultados dos actos falam por si e em momento algum se glorifica a violência que pontua o caminho das personagens — Choi em «Oldboy», Song Kang-ho em «Sympathy...».
"Ri-te, e o mundo ri-se contigo. Chora, e chorarás sozinho."
segunda-feira, abril 28, 2008
- Mor... Já volto...
- Onde vais meu docinho...? (Ela põe uma expressão de recém casados)
- Ao barzinho, tomar uma cervejinha.
A mulher põe a mão na cintura e responde-lhe:
- Queres uma cervejinha, meu amor???
E nesse momento abre a porta do frigorífico e mostra-lhe as marcas de cervejas que ele adora... O marido sem saber o que fazer, responde-lhe:
- Meu docinho de côco... Mas no bar... Sabes... O copo é gelado...
O marido não tinha terminado de falar, quando ela interrompe a sua conversa e lhe diz:
- Queres um copo gelado, mor?
Nesse momento a esposa tira do congelador um copo bem gelado, branco, tão branco que ate tremia de frio. então o marido responde:
- Mas, meu céu, no bar tem aqueles salgadinhos óptimos... Já volto, tá?
- Queres salgadinhos meu amor???
Então foi-lhe buscar 15 pratos de salgadinhos diferentes: bolinhos de bacalhau, rissóis, pipocas, amendoins, pasteis de carne, empadinhas...
- Mas, minha bonequinha... Lá no bar... Sabes.... As piadas, os palavrões, tudo aquilo....
- Queres palavrões meu amor??? Então vai pró caralho, mas daqui tu não sais, meu filho da puta!!!
The Gift @ Almada
Desta vez o concerto foi em Almada, na comemoração de mais um aniversário do 25 de Abril. Apesar de não parecer haver muito público no recinto, não foi isso que fez com que eles não se esmerassem no espectáculo.
Para variar, e eu sei que que altamente suspeito, o concerto foi muito bom. E para um concerto grátis até tocaram bastantes músicas!!!
Não sei bem o que é que se passou nas cabecinhas daqueles meninos quando tocaram a música "In Repeat", mas eu gostei!!! É que pareciam completamente passados das ideias... Principalmente a Sónia Tavares (vocalista) e o Nuno Gonçalves (teclas e tudo mais que lhe vá parar às mãos) que estavam simplesmente doidos, sendo que, a Sónia até "partiu" o seu "mini" xilofóne... Estavam mesmo a "curtir milhões" com aquela música!!! (",)
Infelizmente não está no YouTube nenhum vídeo desta música inteira, é pena, ficam com um excerto e com uma versão "diferente" do "Ok! Do you want something simple?" que também é bem bom (",)...
"The Gift - Ok! Do you want something simple? @ Almada"
quarta-feira, abril 16, 2008
David Fonseca @ Coliseu de Lisboa
E desta vez foi mais um concerto de David Fonseca, este no Coliseu de Lisboa, da tour "Dreams in colour". Desta vez até deu para ficar sentado num camarote!!! Gente fina é outra coisa, a ver a "plebe" lá em baixo!!! =P Brincadeira!!! Eu bem queria estar lá "em baixo na plateia, mas esses bilhetes já estavam esgotados... =( Ao menos assim não cansei as pernas...
A primeira parte do concerto foi feita pela Rita Red Shoes, que é também a pianista do David Fonseca. Ela apresentou o seu álbum de estreia "Golden Era", que é bastante interessante. A "menina" encarna bem o nome, pois o sapatinho encarnado não podia faltar!!! Nem a ela, nem aos restantes músicos que a acompanhavam...
Apesar de ter chegado atrasadito deu para aproveitar bem o concerto, e devo dizer que gostei bastante. Apesar de conhecer mal o álbum, de só conhecer algumas das músicas, parece ser bom!!! =P
"Rita Red Shoes - Dream On Girl"
Dream on girl, Dream on girl
I want to see you sleep tonight
You're up and down
You hit the ground
And time is drifting through your fears
I can find your dreams tonight
And make your lover come back home
If you don't know, you are on your own
I'll choose the best place for you to sleep
Come back to see the day you lost your heart
And all your hopes
I'll take you to see the sunrise and try to catch your ghost
Come on girl, a dream is your world
The signs you see are in your mind
The words that you speak are here in my ear
So I can hear you falling down
Take a breath to see me
I can wait for you to
Live a life with no hopes but
If you still believe…
Come back to see the day you lost your heart
And all your hopes
I'll take you to see the sunrise and try to catch your ghost
Come back to see the day you lost your heart
And all your hopes
"Rita Red Shoes - Dream On Girl @ Coliseu de Lisboa"
E o concerto terminou com um até já!!! Pois o piano estava à espera dela dai a uns minutos...
O concerto de David Fonseca foi muito, mas mesmo muito bom. Foi uma espécie de viagem, uma visita pelo "mundo" dele. Para além da música, teve filmes e histórias, algumas verdadeiras, outras bastante loucas ao ponto de nos deixarem a rir sem parar!!! O concerto começou com uma banda "Mariachi" que o acompanhou na primeira música. Deu logo para perceber que o concerto ia ter a sua piada!!!
Entre músicas, filmes e histórias o concerto lá ia avançando. E para mim uma das partes mais cómicas foi quando ele falou das profissões que tinha ou que gosta de ter tido. E a de "Agente Secreto" foi sem dúvida a profissão mais estranha que ele "teve"...
"David, o agente secreto!!!"
E a versão "Video kill the radio star"?!?! À pois é, a loucura do 80s!!! Eu não me cansado de dizer isto, mas o concerto foi mesmo muito bom, cheio de boa disposição!!! E para provar que isso é verdade, deixo aqui uns vídeos para quem quiser ver.
"David Fonseca - Kiss me, oh kiss me @ Coliseu de Lisboa"
"David Fonseca - Video kill the radio star @ Coliseu de Lisboa"
"David Fonseca - Someone that cannot love @ Coliseu de Lisboa"
E depois de dois encores ainda houve tempo para umas brincadeiras finais, tal como entrar no palco uma cama, onde ele estava deitado a tocar, enquanto dizia que estava na "hora dele" se ir embora, e ia sendo projectado um filme que passava o sonho dele. Cheio de personagens, bonecos e outras coisas!!! E quando se pensava que tudo tinha terminado, levanta-se ele da cama vestido de soldado e entra o resto da banda vestida com as personagens que iam aparecendo no sonho... Lol, muito giro... Só rir!!! Quando for grande quero ser como ele!!! =P Lol!!!
E assim terminou o concerto, perto da 1h da manhã, ou seja, cerca de 3h de concerto só dele... Valeu muito, mas mesmo muito a pena!!! É um senhor!!!
Se não foram, e ntão fiquem a saber que perderam um grande concerto!!! =P
domingo, março 30, 2008
Casino do Estoril, 40 anos!!!
O concerto de Xutos foi no salão "Preto e Prata" e teve o acompanhamento da orquestra "Big Band Rock n' Roll", ou seja, foi muito parecido com o último concerto que deram na Torre de Belém!!! Foi um bom concerto, longe de estar perto dos melhores deles, ainda assim, foi um bom concerto. Mas o mais giro desse concerto foi ver as "tias da Linha" a curtir milhões!!! =P
Cá foram, pavoneavam-se personagens por todos conhecidos. Ora era o Super-Homem, os Beatles, o Camões e as suas Ninfas, o James Bond sempre acompanhado com as belas Bond Girls (ou deverei dizer Bunda Girls?!?! Fiquei confuso!!! =P ), até mesmo o próprio Fernando Pessoa e seus heterónimos!!! Até tivemos direito a um "tête-à-tête" com o Ricardo Reis!!!
Isto tudo enquanto esperávamos por mais um concerto de Gift, por mais vezes que os veja nunca são demais (agora só falta é conseguir deixar de associa-los à péssima noite que tive da última vez que os ouvi...) e que mais é que posso dizer de um concerto deles para além de excelente e de que adorei!!! E que eles são realmente muito bons!!! E que já estou a fazer planos para ir a mais um concerto deles brevemente!!! Visto que não tenho nada dessa noite, vou acabar aqui o post!!!
Portishead @ Coliseu do Porto
Assumindo que esta surpresa foi uma espécie de prenda, tenho a dizer, sem qualquer tipo de dúvida, que não me lembro da última "prenda" que me deixou com tamanha felicidade interior?!?! Passo a explicar o que quis dizer com "felicidade interior", aparentemente sempre que me fazem uma surpresa ou me dão algo que eu realmente gosto fico com um ar absolutamente atónito, sem reacção, até devo dar a entender que não gostei, porque não esboço qualquer sorriso nem mostro qualquer alegria... Eu sei que é estranho, pelo menos a mim parece-me estranho, mas a verdade é que fico sem qualquer reação e depois nem sei o que dizer...
Mas falando do concerto, porque é esse o título do post!!! Estava previsto o concerto ser às 21h, e eu nem sequer sabia se ia haver uma banda a abrir ou não. Mas a resposta é sim, havia mesmo uma banda a abrir. Uns húngaros que tocaram durante uns 40 minutos, até gostei das primeiras músicas mas depois começaram-me a fazer dores de cabeça!!! Acho que não estava preparado para uma coisa tão alternativa!!!
Depois de um intervalo de quase 40 minutos entre a primeira banda e os senhores da noite, lá começou o concerto por volta das 22h30. Começou logo com a primeira música do novo álbum (Third), música esta que dá pelo nome de "Silence" e que tem um final muito bom, na minha opinião... Depois de mais duas ou três músicas do novo álbum lá começaram a tocar algumas das "pérolas" e deixem-me dizer que ao vivo ainda soam melhor!!!
Foi um concerto muito bom, tocaram bastantes das músicas que lhes são emblemáticas e quase o novo álbum na integra, deu vontade de ir ao de Lisboa que era no dia seguinte...
Até porque ambiente estava muito bom, o coliseu estava completamente cheio, lotado!!! E a senhora Beth Gibson, é mesmo uma "senhora". Tem uma voz espectacular!!!
Pessoalmente, de todas as músicas que tocaram as que gostei mais de ouvir foram a "Wondering Star" (uma versão um tanto ou quanto acústica absolutamente soberba!!!) e a "Mysterons" (mas a verdade é que gostei de todas e muito!!!).
"Wondering Star - Portishead @ Coliseu do Porto"
"Mysterons - Portishead @ Coliseu do Porto"
Do novo álbum adoro a "Machine Gun", a "Silence", a "Magic Doors", a "Nylon Smile" e, e é melhor parar porque senão digo todas as músicas do álbum e ficam a perceber que eu gosto!!! =P Se ainda não conhecem o novo álbum, não perdem nada em ouvi-lo, por isso desloquem-se à vossa "loja" mais perto e "comprem" o CD deles, porque está bom, muito bom!!!
"Machine Gun - Portishead @ Coliseu do Porto"
terça-feira, março 11, 2008
Tricky - Suffocated Love
When my love swears that she is made of truth,
I do believe her, though I know she lies,
That she might think me some untutor'd youth,
Unlearned in the world's false subtleties.
Thus vainly thinking that she thinks me young,
Although she knows my days are past the best,
Simply I credit her false-speaking tongue:
On both sides thus is simple truth supprest.
But wherefore says she not she is unjust?
And wherefore say not I that I am old?
O, love's best habit is in seeming trust,
And age in love loves not to have years told:
Therefore I lie with her, and she with me,
And in our faults by lies we flatter'd be.
It's too good, it's too nice
She makes me feel it's too quick
Is it love? No not love
She turns my sexual tricks
She says she's mine, I know she lies
First, I scream, then I cry
You take a second of me
You beckon, I'll bleed
She suffocates me
She suffocates me with suggestions
I asked 'do you feel the same?'
And later on, maybe
I'll tell you my real name
She's so good, she's so bad
You understand, I can't expand
Now I could just kill a man
She's on her knees, I say please
I cross her city lines, she's got brown eyes
I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why
Forgive and you're forgiven
Kingdom come
Can you wait for yours
I need to taste some
Life's really funny
I laugh while she spends my money
She's my freak
I guess I'm weak
You ask what is this?
Mind your business
I pass idle days with my idle ways
'Til the twelfth of always
She walks my hallways
I keep her warm, but we never kiss
She cuts my slender wrists
Let's waste some more time
I sign the dotted line
A different level
She-devil
I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why
You ask what is this?
Mind your business
I pass idle days with my idle ways
'Til the twelfth of always
She walks my hallways
I keep her warm but we never kiss
She says I'm weak and immature
But it's cool
I know what money's for
Push comes to shove
Her tongue's her favourite weapon on attack
I slap her back, she mostly hates me
I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why
Can I take off your clothes
Before we go out
And when you're helpless
I'll scream and shout
We finish everyday
Well, anyway
Sixty-nine degrees
My head's between her knees.
You ask what is this?
Mind your business
It's too good, it's too nice
She makes me feel it's too quick
Is it love? No not love
She turns my sexual tricks
She says she's mine, I know she lies
First, I scream, then I cry
Take a second of me
You beckon, I'll bleed
Take a second of me
I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why
I know why the caged bird sings, I know why
"Tricky - Black Steel & Suffocated Love"
Tal como Tricky disse numa entrevista: "-On the far wall a Method Man sticker is holding up a photocopy of Shakespeare's sonnet 138... He tells me it's the inspiration for Maxinquaye's spellbinding 'Suffocated Love'..."
Versos de Florbela Espanca
Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida Verdade, o Sentimento!
-E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...
Sonhar um verso d'alto pensamento,
E puro como um ritmo d'oração!
-E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento!...
São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!
Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!
Lágrimas Ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
As minhas ilusões
Hora sagrada dum entardecer
D'Outono, à beira mar, cor de safira.
Soa no ar uma invisível lira...
O sol é um doente a elanguescer...
A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!
O sol morreu... e veste luto o mar...
E eu vejo a urna d'oiro, a baloiçar,
À flor das ondas, num lençol d'espuma!
As minhas Ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urna d'oiro,
No Mar da Vida, assim... uma por uma...
Neurastenia
Sinto hoje a alma cheia de tristeza!
Um sino dobra em mim, Avé Marias!
Lá fora, a chuva, brancas mãos esguias,
Faz na vidraça rendas de Veneza...
O vento desgrenhado, chora e reza
Por alma dos que estão nas agonias!
E flocos de neve, aves brancas, frias,
Batem as asas pela Natureza...
Chuva... tenho tristeza! Mas porquê?!
Vento... tenho saudades! Mas de quê?!
Ó neve que destino triste o nosso!
Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura!
Gritem ao mundo inteiro esta amargura,
Digam isto que sinto que eu não posso!!...
Para quê??!!
Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza; tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!
Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...
Beijos d'amor! P'ra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!
Só acredita neles quem é louca!
Beijos d'amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...
segunda-feira, março 10, 2008
"Les 11 Commandements"
Ora boas!!! Um post depois de tanto tempo...
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Piada "nerd" informática... =S
domingo, janeiro 27, 2008
Emir Kusturica &The No Smoking Orchestra @ Coliseu de Lisboa
Nessa altura, Kusturica tinha como parceiro musical Goran Bregovic mas, desavindos pela guerra na ex-Jugoslávia, eles separaram-se e Kusturica recuperou o passado de músico punk para, ao lado do cantor Dr. Nelle Karajlik e do violinista Dejan Saparavalo, reactivar a No Smoking Orchestra. E com eles começa a fazer música para muitos dos seus filmes e a apresentá-la em palco.
Eles regressam a Lisboa para um concerto em que apresentarão temas de Time of the Gypsies, banda-sonora da ópera-rock com o mesmo nome, revisitação teatral do filme homónimo, com Kusturica (na guitarra eléctrica) e companhia a protagonizar uma música em que as fanfarras ciganas de Leste, a pop e o punk convivem numa festa imensa e irresistível."